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Força Militar: Oficiais e praças na política eleitoral

Integrantes das Forças Armadas temem enfrentar entraves internos por decidir ingressar na vida pública longe dos quartéis.

Rio - Às vésperas da corrida eleitoral deste ano, integrantes das Forças Armadas temem enfrentar entraves internos por decidir ingressar na vida pública longe dos quartéis. Para alguns, a carreira política pode frear a carreira militar e, até mesmo, culminar na expulsão dos quadros de pessoal.
Usam como exemplo a situação do capitão reformado do Exército Luis Fernando Ribeiro de Souza. Procurado, ele afirmou à coluna que, desde que comunicou ao comando direto a decisão de ingressar na política, se viu dentro de um cenário de perseguição. Iniciou com constantes trocas de unidades, até chegar ao processo de crime de deserção e por desobediência, quando optou por ficar em silêncio durante inspeção de saúde de rotina.
Naquele momento, ele optara por não produzir provas contra si ao ser avaliado após o acidenteque o reformou. Atualmente, ele é vinculado à SIP (Seção de Inativos e Pensionistas) do 7° Batalhão de Infantaria Blindado/Santa Cruz do Sul (RS). “Atrasei em um dia o meu retorno das férias e enviei provas para justificar. Em um único dia prepararam toda a documentação. Sou militar de carreira e não me respeitaram”, declarou.
Capitanismo
O capitão é um dos líderes do ‘capitanismo’, movimento que defende a adequação das normas do Exército e a consequente reformulação do Estatuto e do Código Penal Militar. Luis Fernando também defende bandeiras consideradas liberais, como descriminalização da presença de homossexuais assumidos.
De esquerda
Depois de se candidatar por duas vezes, optou por não concorrer em 2014. Ou, pelo menos, até que a situação esteja normalizada. O capitão se intitula extrema esquerda e declarou que vai apoiar a presidenta Dilma Rousseff nas eleições. Em 2010, recebeu o apoio dela, de Tarso Genro e de Lula quando era candidato.
Mulheres na AMAN
“Represento um grupo de militares que buscam por mudanças profundas no Exército. É necessário atualizar algumas regras para os dias atuais. É necessário, por exemplo, aceitar o ingresso de mulheres na Academia Militar das Agulhas Negras. Quem se candidata e defende mudanças, sofre perseguição”, argumentou.
Outro olhar
Capitão da reserva e deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) discordou do posicionamento docolega Luis Fernando e disse que não há perseguição para os militares que desejam ingressar na vida política. “É necessário respeitar o Estatuto Militar. Não dá para defender mudanças que não vão agraciar a maioria da tropa”. Fonte Jornal O Dia

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